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Por
Antonio Vitorino
Com muito orgulho, usarei este espaço para falar um pouco de meu bisavô, Abílio Martins. O texto abaixo, foi escrito pelo historiador Antônio Vitorino, companheiro do Grupo Outra História, baseado em informações cedidas por minha mãe, Celininha. Eis, pois, um breve histórico de quem foi o Dr. Abílio Martins: Abílio Martins nasceu em Ipu no dia 21 de novembro de 1883. Filho do coronel Antônio Manoel Martins - fazendeiro e grande comerciante, possuindo estabelecimentos comerciais nos estados do Ceará, Piauí e Pará - e de Adelaide Timbó, Abílio freqüentou três anos do curso de medicina em Recife. Depois disso foi para o Rio de Janeiro, onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e sociais.
De acordo com o almanaque de 1961, Abílio Martins não abraçou “com amor a causa que lhe deu o pergaminho”. Ainda segundo o citado Almanaque Abílio gostava do jornalismo, “sendo bom poeta, prosador e dramaturgo” .Abílio escrevia para jornais de fortaleza e fundou no município de Ipu juntamente com Thomaz de Aquino Correia e Eusébio de Sousa, o Correio do Norte, o mais importante periódico fundado na Terra de Iracema e de circulação mais demorada (1918 – 1924).
Teve carreira política regular. Foi deputado estadual por duas legislaturas e depois chefe de polícia e segurança pública do Estado do Ceará no governo de Justiniano de Serpa (1920 – 1923). Em fins da década de 1920 aparece como chefe político e nome mais influente do Partido Democrata de Ipu. Como deputado apresentou em 1913, na assembléia Legislativa, um projeto, sendo aprovado, que autorizava a contratação de serviço de canalização de água da cidade.
Foram obras federais conseguidas por intermédio de Abílio Martins para o município de Ipu durante a seca de 1919, a construção do Açude Bonito e da Estrada Ipu-São Benedito.
Abílio Martins faleceu em 26 de setembro de 1923 de uma síncope cardíaca, quando exercia o cargo de Chefe de Polícia do Estado, aos 39 anos de idade.
No mesmo ano de sua morte, Ipu prestou-lhe homenagem, dando o seu nome à sua praça principal e a Estação Ferroviária da então localidade de Curupatí, que, também, veio mais tarde a denominar-se Abílio Martins. Seu nome também aparece numa rua do bairro da Parquelância, em Fortaleza.
Abílio Martins casou-se com Celina Carvalho Martins com quem teve cinco filhos: José Carvalho Martins que era bioquímico no rio de Janeiro tendo falecido no ano de 2000; Francelina Martins Araújo, viúva do ipuense Dr. Francisco Araújo; Adelaide Carvalho Martins, falecida aos 18 anos de idade; Antônio Carvalho Martins, funcionário público federal, falecido em 1992 e Guarany Carvalho Martins, contabilista, falecido em 1999.
Membro da Associação 7 de Setembro. É tido como o fundador do Gabinete de Leitura Ipuense, cujo idealizador foi Chagas Pinto. Passou a ser sócio honorário do Gabinete. Não aparece como membro das outras associações provavelmente por sua morte prematura em 1923.
Abílio Martins foi um dos líderes do partido democrata no município que deu suporte à candidatura em 1920 de Justiniano de Serpa, candidato situacionista. Foi por intermédio do jogo político que Abílio Martins junto com seus correligionários, que gozavam de prestígio junto ao governo do Estado, conseguiram a liberação de obras contra a seca para a cidade de Ipu.
Dados Biográficos extraídos em parte de “Dados Biográficos do Dr. Abílio Martins” cedido por Maria Francelina Martins Aragão, esposa de Antônio Tarcízio Aragão (Boris), neta de Abílio Martins.
Redação:
Antonio Vitorino
(Grupo Outra História)Informações e Pesquisa:
Maria Francelina Martins Aragão
(Celininha)Edição:
Ricardo Aragão
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